Ministra afirma que país caminha para auto-suficiência na produção de petróleo e gás

17/06/2004 - 13h09

Brasília, 17/6/2004 (Agência Brasil - ABr) - A ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, afirmou que os 11 contratos assinandos hoje, para construção e reforma de plataformas da Petrobras, representam o caminho para a auto-suficiência brasileira na produção de petróleo e gás e também para criação de demanda em equipamentos, bens e serviços para a indústria nacional. Os contratos foram assinados nesta manhã, em cerimônia no Salão Nobre do Palácio do Planalto.

Segundo a ministra, "este é o momento de parabenizar a Petrobras pela volta de sua imensa capacidade de gerar petróleo e gás, criando uma demanda de equipamentos, bens e serviços para a indústria nacional. É indesculpável que esse papel tenha sido abandonado nos outros governos e que a Nuclebrás Equipamentos Pesados (Nuclep) tenha passado 20 anos com 30% de sua capacidade", acrescentou a ministra.

De acordo com Dilma Rousseff, embora a Petrobras tenha quase 90% de toda a demanda da produção de petróleo e gás, estão em andamento 47 projetos com 500 participantes, inclusive da iniciativa privada, ampliando a capacidade de produção e nacionalização de bens e serviços. São projetos com efeitos imediatos e de longo prazo, ressaltou a ministra.

Os projetos fazem parte do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia, que reconhece a demanda significativa de US$ 45,5 bilhões para o período de 2004/2008. Dilma Rousseff informou que isso é o que vai ser gasto.

A idéia, de acordo com a ministra, foi levantada na campanha do presidente Lula, de uma política para manutenção de qualidade e preço, tornando as empresas capazes de produzir internamente, em vez de praticar simples protecionismo sem qualidade. De 15% de conteúdo nacional, as construções das plataformas P-51 e P-52 representaram aumento para 60% de conteúdo nacional. Ao comentar a situação da economia, a ministra ressaltou que está se transformando um segmento industrial paralisado em vivo e capaz de fornecer equipamentos e serviços. É com capacidade de criar projetos estratégicos para o país que é possível chegar ao desenvolvimento sustentável", concluiu.