São Paulo, 17/6/2004 (Agência Brasil - ABr) - Passados 14 dias desde o fim da greve dos servidores da Previdência, os segurados do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), ainda esperam até 14 horas nas filas para serem atendidos na capital paulista. Para tentar diminuir o tempo de espera e agilizar o atendimento, a superintendência do INSS do Estado remanejou 24 funcionários do interior para as regiões de Santo Amaro e Vila Mariana, que são as agências mais procuradas das 27 instaladas na capital paulista.

Segundo a assessoria de imprensa do INSS de São Paulo, 17 funcionários foram deslocados temporariamente para os postos de Santo Amaro e 7 para os de Vila Mariana. Nos postos de Santo Amaro, as portas foram abertas duas horas mais cedo (às 6h). Esses postos chegaram a receber até 1.600 pessoas cada um, em único dia, logo após o término da greve. Hoje, esses mesmos postos atenderam em média a 1.200 pessoas. Dentro das agências, o tempo de espera, que normalmente é de até 3h, caiu hoje para 1h57. Não houve ampliação do horário de atendimento nos postos de Vila Mariana, que atendem das 8h às 14h.

A greve dos funcionários do INSS durou 44 dias, provocando um acúmulo de processos aguardando análise para pedidos de aposentadoria, pensão e revisão no valor do benefício, entre outros. Só no Estado de São Paulo o número de processos é superior a 323 mil, dos quais 33.217 apenas nas agências da capital paulista.

O Ministro da Previdência Social, Amir Lando, anunciou ontem a criação de uma força-tarefa, que contará com 1.937 servidores remanejados de outros estados, para acelerar a análise desses processos e regularizar o atendimento. Outras medidas estão sendo estudadas, como uma parceria com a prefeitura de São Paulo para que as 31 subprefeituras da capital possam fazer um pré-atendimento.