Brasília, 8/6/2004 (Agência Brasil - ABr) - A partir de agora, agricultores familiares dos estados da região Norte passam a ter o direito de acessar a linha de microcrédito rural do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). A modalidade de crédito, conhecida como Pronaf B, é destinada ao combate à pobreza no campo. Uma parceria entre o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), por meio da Secretaria de Agricultura Familiar (SAF), e o Banco da Amazônia (Basa) ampliou a abrangência desse tipo de microcrédito, antes restrito à região Nordeste. Com isso, milhares de produtores rurais que têm renda anual bruta de até R$ 2 mil poderão conseguir financiamentos de até R$ 1 mil para investir em suas propriedades ou nas atividades rurais em que estão envolvidos.
Segundo a coordenadora de Microcrédito do Pronaf, Letícia Mendonça, a estimativa é que, ainda neste mês, dez mil agricultores dos estados do Norte acessem o crédito. "No grupo B do nordeste, já estamos chegando próximos de 200 mil contratos no ano de 2004", salientou Letícia. A linha de microcrédito rural do Pronaf foi criada para atender aqueles agricultores que vivem abaixo da linha de pobreza, com um rendimento mensal familiar médio de até R$ 166.
O empréstimo de até R$ 1 mil por família tem como objetivo permitir que os agricultores possam ampliar suas atividades, modernizar os processos de cultivo e extração ou mesmo iniciar novos negócios em suas propriedades. A taxa de juros do chamado Pronaf B é a mais atrativa do mercado, ficando inclusive abaixo da inflação. Ela é de 1% ao ano. O prazo de pagamento é de dois anos, com um de carência. Além disso, o agricultor que quitar o financiamento em dia ainda receberá um desconto de 25%.
Durante uma entrevista, realizada no programa Nossa Terra, Nossa Gente da Rádio Nacional da Amazônia, a coordenadora Letícia Mendonça esclareceu ainda que o processo de acesso ao crédito é semelhante às outras linhas do Pronaf. "Para acessar a linha de crédito basta preencher um pequeno projeto e uma declaração de aptidão que o agricultor pode pegar no Sindicato ou na Emater local", finalizou a coordenadora.