Preços dos remédios influenciaram o aumento do IPCA em maio

08/06/2004 - 10h04

Rio, 8/6/2004 (Agência Brasil - ABr) - A inflação no mês de maio subiu para 0,51%,contra 0,37% registrado em abril. O aumento - 0,14 ponto percentual - do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi impulsionado pela segunda vez consecutiva pelo item remédios. Em maio, o reajuste dos preços dos medicamentos foi de 2,33%, após os 3,00% de abril, ainda como reflexo do reajuste médio de 5,7% concedido em 31 de março, pela Câmara de Regulamentação do Mercado de Medicamentos para produtos controlados.

Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os alimentos, após registrarem forte queda de 0,34% em abril, voltaram a subir e registraram 0,23% em maio. Segundo o IBGE, "os problemas climáticos que atingiram as plantações de produtos sensíveis, reduziram a oferta e aumentaram os preços".

O álcool combustível, que também subiu com a valorização da cotação da cana-de-açúcar, devido ao início da entressafra, aumentou 2,28%, após queda de 4,20%, em abril. Já a gasolina, que havia caído 1,31%, em abril, ficou estável (0,02%).

Também pressionaram a inflação de maio os automóveis novos (1,10%) e usados (1,44%), por causa do repasse dos aumentos ocorridos nos custos de produção; as tarifas de energia elétrica (1,29%) e os artigos de vestuário (1,34%).

No ano, o IPCA, que é usado oficialmente pelo governo para fixar as metas inflacionárias, acumula 2,75%, abaixo do percentual de 6,80% relativo a igual período de 2003. Nos últimos 12 meses, o índice ficou em 5,15%, também abaixo do resultado dos 12 meses imediatamente anteriores (5,26%). Em maio de 2003, a inflação foi de 0,61%. A maior no mês, de 0,89%, foi registrada em Porto Alegre. Recife (-0,09%) e Belém (-0,10%) ficaram com os menores índices.

O IPCA refere-se às famílias com rendimento monetário de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas de Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Fortaleza, São Paulo, Rio de Janeiro, Belém, Salvador e Recife, além de Goiânia e Brasília.