Ministério da Agricultura intensifica fiscalização da soja

08/06/2004 - 19h57

Brasília, 8/6/2004 (Agência Brasil - ABr) - O trabalho de fiscalização da qualidade da soja em terminais graneleiros, propriedades rurais, portos, armazéns e silos públicos e privados, além do aumento da inspeção no trânsito de caminhões, com barreiras móveis de controle em parceria com os estados, está sendo intensificado pelo Ministérios da Agricultura. O principal objetivo é proteger o consumidor brasileiro de cargas de grãos sadios de soja que possam estar contaminados com sementes tratadas com fungicidas.

"Vamos lacrar as dependências onde nossos fiscais encontrarem essas sementes misturadas aos grãos de soja", avisou o secretário de Apoio Rural e Cooperativismo, Manoel Valdemiro da Rocha. "Também suspenderemos a comercialização desse produto, aqui e no exterior".

Tão logo começaram os problemas de devolução de navios carregados com soja brasileira pela China, o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, determinou aos delegados federais da Agricultura de nove estados e Distrito Federal (RS, SC, PR, SP, MS, BA, MA, GO, TO e DF) o aumento do rigor nas fiscalizações e enviou uma força-tarefa com 21 fiscais federais para reforçar as inspeções no porto de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, principal foco das reclamações chinesas.

As inspeções resultaram na interdição, no último dia 28 de maio, de dois armazéns do complexo Termasa-Tergrasa, no porto de Rio Grande, com aproximadamente 400 mil toneladas de soja estocada.

No Paraná, sete equipes compostas por 16 fiscais federais agropecuários começaram hoje (08/06) a percorrer o interior do Paraná para fiscalizar silos e armazéns. Em função de uma parceria com a Empresa Paranaense de Classificação de Produtos (Claspar), a delegacia federal no estado já rejeitou, na entrada do porto de Paranaguá, 30 caminhões carregados com soja misturada a sementes tratadas com fungicidas desde o último dia 3 de junho. As cargas foram devolvidas à origem.

Amanhã o delegado Valmir Kowalewski de Souza amplia a fiscalização aos silos de empresas e cooperativas em Cascavel e Toledo, na região oeste do Paraná. "Vamos usar as informações apuradas nos caminhões em Paranaguá para lacrar os silos e armazéns que fizeram a mistura de grãos com sementes tratadas", diz Souza.