Evelyn Trindade
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O coordenador do projeto Farmácia Popular, Hayne Felipe da Silva, disse que até o final desse mês o ministério da saúde vai estar adquirindo uma planta de produção do laboratório Glaxo SmithKline, em Jacarepaguá. Com a aquisição, a produção de Farmanguinhos, laboratório da Fiocruz, deverá aumentar em quatro vezes.
Segundo ele, o planejamento é que as farmácias populares sejam supridas apenas por laboratórios oficiais e por medicamentos genéricos. " O governo vai investir, até o final do ano, R$ 80 milhões nos laboratórios oficiais da Marinha, Aeronáutica, Exército e Fiocruz. Com isso, vamos suprir a demanda das farmácias populares. A demanda é nossa maior barreira, precisamos ver como será".
Apesar de considerar a demanda um desafio, Hayne acha pouco provável que haja problema de desabastecimento na farmácia. " Há uma certa capacidade ociosa na indústria de medicamento", disse.
Ele adiantou que na primeira quinzena de julho uma nova unidade da Farmácia Popular deverá ser instalada na Ilha do Governador e, até o fim do ano, uma outra será inaugurada na Vila Militar, zona oeste da cidade.
O aposentado José Carlos Alvez, 64 anos, morador da Ilha do Governador, aprovou a farmácia. Ele faz uso de Inalapril e gasta, em média, R$ 11 numa caixa com 20 comprimidos. Na Farmácia Popular, com R$ 7,20 ele comprou 120 comprimidos. " É uma economia muito grande, eu gasto mais de R$ 60 só com remédio. E agora vou poder economizar"
No segundo dia de atendimento, a Farmácia Popular na Praça XV atraiu um público variado. O coordenador do Farmácia explicou que ainda não há como definir um padrão de usuário, o cadastro está previsto para acontecer na segunda fase do projeto.