Brasília - Nos primeiros cinco meses deste ano, o Brasil exportou 9,9 milhões de sacas de café, atingindo receita de US$ 721 milhões, com preço médio ponderado de venda de US$ 72,83 a saca. No mesmo período do ano passado, apesar de o volume exportado ter sido maior (10,7 milhões de sacas), as vendas externas do produto alcançaram US$ 597 milhões, resultado do preço médio de US$ 55,80 a saca.
As informações foram divulgadas ontem pelo secretário de Produção e Comercialização do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Linneu Costa Lima. O aumento de 30,5% no preço médio de venda do café levou o Brasil a aumentar em US$ 123 milhões a receita com as exportações do produto entre janeiro e maio de 2004, na comparação com igual período de 2003.
Segundo o secretário, a política do governo para o setor cafeeiro visa a estabilidade de preço por período de cinco anos. "O preço remunerador seria acima de US$ 85,00 e abaixo de US$ 100 a saca", avaliou Costa Lima, acrescentando que as exportações de café devem atingir um volume de 25 milhões de sacas até o final do ano.
Leilões
O secretário também fez um balanço dos resultados dos leilões de café dos estoques governamentais iniciados em fevereiro deste ano. Até o momento, por meio da Companhia Nacional de Abastecimento, o governo vendeu 908 mil sacas, arrecadando um volume de recursos da ordem de R$ 182,5 milhões.
Somente os leilões das opções iniciados no dia 18 de maio venderam 553,6 mil sacas, atingindo R$ 129 milhões. De acordo com Costa Lima, o preço médio ponderado de venda nos leilões foi de R$ 233,06, contra um custo médio de R$ 204,16, incluindo o ICMS. Com isso, os leilões permitiram ao governo alcançar um saldo positivo de R$ 16 milhões - R$ 28,90 por saca. "Embora a inserção do governo não vise lucro, mas sim regularizar o mercado e assegurar o fluxo do produto, obtivemos esse resultado positivo", afirmou o secretário.
As informações são do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento