Cristina Indio do Brasil
Repórter da Agência Brasil
Rio - Os programas de mestrado e doutorado com notas 6 e 7 de avaliação terão mais liberdade na utilização dos recursos repassados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior ( CAPES). O presidente da Coordenação, Jorge Guimarães lançou hoje na sede do ministério da Educação, no Rio de Janeiro, o Programa de Excelência Acadêmica (PROEX).
A adesão não é obrigatória, mas foram convidados 149 programas avaliados com as notas máximas. Desse total, 100 tiveram nota 6 ( excelência em nível nacional) e 49 com nota 7 ( excelência em nível internacional) Os programas são aplicados em 36 universidades públicas e privadas. Jorge Guimarães disse que o PROEX tem um orçamento de R$ 68 milhões para este ano, incluindo 6 % de reajuste para os programas de mestrado e doutorado e 18% de aumento no valor das bolsas de estudo.
Os recursos poderão ser usados na concessão de bolsas, em infra-estrutura, no custeio de elaboração de teses e dissertações ou em outras atividades acadêmicas. O presidente da CAPES informou que atualmente um dos problemas enfrentados pelos programas é a dificuldade de liberação dos recursos na compra mais rápida de equipamentos e até na contratação de professores de fora. Jorge Guimarães acredita que agora os programas terão mais flexibilidade.
Apesar disso ele estima que não haverá adesão integral, porque há divergências entre reitores que querem continuar no sistema atual e coordenadores dos programas que pedem mais liberdade no gasto dos recursos. De acordo com as normas do PROEX os recursos serão repassados diretamente da CAPES para as coordenações dos programas.
"A comunidade é muito dividida. Acho que oitenta por cento vão aderir. Quem não aderir deve ser por medo, confusão interna ou porque a reitoria não vai dar o aval", explicou o presidente da CAPES.
As avaliações com a definição dos conceitos dos programas são feitas a cada três anos. A próxima será em julho deste ano. Para permanecer no PROEX, os programas de doutorado e mestrado precisam manter notas 6 e 7 e cumprir os planos de metas para período de seis anos que vão passar a ser elaborados.
Jorge Guimarães disse ainda que os programas desenvolvidos no Brasil estão sendo bem conceituados no exterior. Atualmente, segundo ele, o país ocupa a décima sétima posição em produção científica internacional.
A Universidade de São Paulo-USP é a que vai receber o maior volume de recursos (R$ 13 milhões) seguida da Universidade Federal do Rio de Janeiro -UFRJ (R$ 11 milhões ) e Universidade de Campinas-UNICAMP ( R$ 10 milhões).