Anunciado plano para evitar expansão do mexilhão dourado

22/04/2004 - 19h07

Brasília, (22/4/2004 - Agência Brasil - ABr) - A ministra Marina Silva, do Meio Ambiente, apresentou hoje o Plano de Ação Emergencial para monitorar e impedir a expansão do mexilhão dourado (Limnoperna fortunei) no território nacional. O plano é parte da campanha nacional de combate ao molusco originário da Ásia que invadiu os rios nacionais nas regiões Sul e Centro-Oeste.

Segundo a ministra, o caso do mexilhão é um exemplo da necessidade do licenciamento e dos cuidados necessários em relação a qualquer atividade que possa ser causadora de impacto ambiental. "O que ocorre com o mexilhão é só uma demonstração do que ocorre quando a gente não zela pelo princípio da precaução. O melhor caminho é aquele que nos faz prevenir", disse Marina Silva.

A Campanha Nacional de Combate ao Mexilhão Dourado, envolve a participação de uma força tarefa, formada por 19 órgãos do poder público, empresas privadas e organizações civis e, de acordo com a ministra, "visa a adoção de novos procedimentos". O Plano de Ação Emergencial, previsto para durar 90 dias, será centrado em atividades de monitoramento e fiscalização, acompanhado de campanha de divulgação e cursos de capacitação.

Na região de Ilha Solteira, divisa de São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul, a Companhia Energética de São Paulo (Cesp) fica encarregada de mostrar a prefeitos, lideranças comunitárias e pescadores como tratar do problema. Em maio, serão realizados cursos de treinamento, em Belo Horizonte, São Paulo e Porto Alegre, para capacitar técnicos multiplicadores da Agência Nacional de Águas (Ana), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Capitania dos Portos, Ibama, órgãos estaduais de meio ambiente e polícias florestal e ambiental.

Uma das medidas que será adotada nas represas, localizadas nas regiões infestadas, é a de adicionar hipoclorito de sódio (Cloro) na água, em dosagens testadas por técnicos dos Ministérios do Meio Ambiente e da Saúde. As outras medidas previstas são a pintura dos cascos das embarcações que transitam nas áreas infectadas com tinta anti-incrustante, a lavagem de equipamentos com solução de água sanitária e a utilização de água quente nos reservatórios de água. (Ascom MMA)