Rosemery Amado
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O clima de tranquilidade na Favela da Rocinha, zona sul, foi quebrado nesta manhã, por um tiroteio em que dois PMs e um traficante ficaram feridos.

A tensão voltou a tomar conta do morro da Rocinha quando as atenções dos moradores da comunidade estava voltada para o "Dia do Carinho", um evento promovido pelo Movimento Viva Rio, associação de moradores, entidades particulares e religiosas. Duzentos e cinqüenta voluntários distribuíam flores, brinquedos, balas e doces e ainda levavam palavras de conforto e carinho à população.

Dois policiais faziam uma ronda na parte do alta da favela, conhecida como "terreirão" deram voz de prisão a um traficante armado com um fuzil. De acordo com a polícia, o bandido reagiu e atirou contra dos PMs. Os três ficaram feridos. Os policiais foram atingidos de raspão. O marginal foi levado para o Hospital Miguel Couto.

A coordenadora do evento, Mônica Cavalcanti, disse que o tiroteio não chegou a prejudicar o trabalho voluntário, que foi recebido, segundo ela, muito bem pelos moradores. "Foi uma receptividade muito boa, todos nos receberam com muito carinho e alegria." Neste momento. O grupo está reunido na igreja Nossa Senhora da Boa Viagem no centro da favela para um ato ecumênico, que encerrará os trabalhos.

A favela da Rocinha está sendo ocupada pela polícia por tempo indeterminado. A ocupação começou desde o último dia 9, quando a quadrilha do traficante Eduíno Eustáquio Araújo Filho. o Dudu tentou invadir o local. O saldo foi de 12 mortos.