Ellis Regina e Daniel Lima
Repórteres da Agência Brasil

Brasília - O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, disse hoje que a política fiscal do governo se baseou em metas de longo prazo para o superávit primário (receita menos despesas, exceto pagamento de juros) de forma a garantir a queda da relação dívida líquida e Produto Interno Bruto (PIB), reafirmando o compromisso do governo de não aumentar a carga tributária. "Reafirmamos o compromisso de ordenar a carga tributária para que ela não aumente, mesmo diante das dificuldades fiscais que estão colocadas para o governo", frisou Palocci.

Em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, o ministro destacou que somente a confiança na queda da curva da inflação pode colocar o país em uma rota de crescimento. Palocci afirmou que as dificuldades enfrentadas pelo país em 2002 exigiram da equipe econômica, no ano passado, um ajuste fiscal para retomada da estabilidade, o que influenciou, observa Palocci, na redução da dívida pública que vencerá em 12 meses e na dívida cambial interna. "A dívida chegou a algo perto de R$ 270 bilhões e essa curva foi bastante reduzida no ano passado, dando condições muito melhores para o país caminhar nos próximos anos e enfrentar cenários de dificuldades", disse.

Antonio Palocci destacou que a política fiscal tem mostrado que é possível "apostar no crescimento a longo prazo", por meio da responsabilidade fiscal e o equilíbrio das contas públicas.