Meta de superávit é decisão de governo e não exigência do FMI, diz Palocci

30/03/2004 - 14h13

Brasília, 30/3/2004 (Agência Brasil - ABr) - O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, disse hoje que a meta de superávit primário de 4,25% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2005 e 2006 resulta de uma decisão de governo e não de uma exigência do Fundo Monetário Internacional. "É o suficiente para melhorarmos a dinâmica da dívida e trabalharmos com juros cada vez menores", explica.

Em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, o ministro acrescentou que defende superávit primário de 4,25% por muitos anos ainda, uma vez que a taxa anterior, de 3,65%, é insuficiente.

O líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), também defendeu a política fiscal adotada pelo governo, afirmando que o Brasil obteve um resultado "espetacular" no controle inflacionário. "De fato, o crescimento econômico de menos de 0,2% foi um custo elevado, mas é bom lembrar que a safra agrícola do ano passado obteve recorde histórico", observa o parlamentar.

O senador lembrou que o setor de exportações também alcançou um resultado positivo histórico. "Estabilizamos o país e melhoramos as contas externas e as contas públicas com a retomada do crescimento econômico com estabilidade", afirma.

Mercadante criticou o comportamento da oposição em relação à política econômica. "Acho inaceitável o comportamento de alguns setores da oposição, que criam uma política que inviabiliza ao país superar a crise". Segundo ele, esse comportamento, muitas vezes, beira a "irresponsabilidade política".