Brasília, 30/3/2004 (Agência Brasil - ABr) - O presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Francisco Garisto, fez duras críticas hoje à Advocacia-Geral da União (AGU). Na última sexta-feira (26), a AGU protocolou ação na Justiça Federal de Brasília, para determinar a Fenapef e ao Sindicado dos Policiais Federais do Distrito Federal o fim da greve da categoria.
No entendimento de Garisto, os servidores da AGU estão em greve, ao mesmo tempo, o órgão está pedindo a ilegalidade de um movimento (da PF) que está dentro da lei. "Isso é uma verdadeira autofagia judicial". Segundo ele, quem vai julgar a ilegalidade da greve da Polícia Federal é um juiz federalm cuja categoria paralisou as atividades o ano passado. Mesmo que a AGU decrete a ilegalidade do movimento dos policiais federais, a operação-padrão devem ser mantida nos aeroportos, antecipou Garisto. Nos aeroportos, portos e fronteiras os policiais estão cumprindo a lei, "só não tem gente suficiente para fazer o trabalho com rapidez. Daí as filas e a demora para o desembarque". justificou.
Sobre a participação dos servidores da Infraero para auxiliar os policiais federais nos aeroportos, Garisto avisou: se eles botarem a mão em algum passaporte, vão ser presos por usurpação de função exclusiva da Polícia Federal. Os funcionários da Infraero estão salvaguardados pela decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que considerou constitucional a portaria interministerial que os convocou.
Mas para quem embarca ou desembarca de vôos nacionais e internacionais no aeroporto Juscelino Kubitschek, não está prevista nenhuma operação-padrão, tranqülizou Garisto. "Aqui a Operação Padrão nunca aconteceu e não tem previsão de que venha acontecer ao longo desses dias".