Brasília, 30/4/2004 (Agência Brasil - ABr) - A diretoria da Caixa Econômica Federal (CEF) distribuiu nota à imprensa, manifestando-se surpresa com o que chama de "procedimentos inaceitáveis" do procurador Marcelo Serra Azul, do Ministério Público Federal, que ontem pediu a responsabilização de dirigentes do estabelecimento em razão de um suposto prejuízo envolvendo a assinatura de um contrato celebrado com a empresa Gtech, para operacionalizar as Loterias.
A Caixa informa que recentemente entrou com representação na Procuradoria Geral da República contra o procurador por apreensão de documentos, na sede da instituição, sem mandado judicial. Segundo a nota, em resposta, o procurador Serra Azul apresentou denúncia à Justiça Federal, "de forma estranha e precipitada", antes da conclusão do inquérito policial que apura os fatos.
A nota esclarece que a Caixa não recebeu a denúncia. Por isso, não pode se pronunciar sobre o seu conteúdo, mas reafirma o que recentemente fora declarado por empregados da instituição à Polícia Federal e ao Senado:
1) - A Caixa não tem nada a esconder e tem contribuído com os elementos necessários à elucidação dos fatos, seja ao Ministério Público, à Polícia Federal, ao Tribunal de Contas da União e ao Poder Legislativo.
2) - Depois de muitos anos, pela primeira vez, o aditamento do contrato com a Gtech, realizado pela atual administração, deu-se nas melhores condições possíveis à Caixa e ao interesse público. Foi o único aditamento contratual em que houve redução de preços (15%, equivalente a mais de R$ 100 milhões até o final do contrato), entre outras vantagens indispensáveis ao desenvolvimento estratégico da Caixa.