Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, afirmou em discurso, nesta terça-feira, no Rio de Janeiro, que o Brasil é um país que não quer mais ser uma economia de idas e vindas, com paradas a cada dois anos para fazer tudo de novo, como tem sido em sua história recente no plano econômico. Falando por ocasião da solenidade de entrega do prêmio "Faz Diferença", promovido pelo o jornal O Globo, o ministro foi enfático ao afirmar que o Brasil quer ser arrumado de uma vez por todas e transformar-se em um país equilibrado, que possa sempre garantir o direito e a participação do seu povo na riqueza e nos caminhos do desenvolvimento.
"O País já utilizou centenas de experiências econômicas e quando resolveu queimar etapas, correu mais do que as próprias pernas, os preços pagos foram muito altos. Com altíssima inflação e altíssimo crescimento da dívida. E país que tem dívida alta, tem que ter extrema responsabilidade fiscal e extremo equilíbrio para que possa crescer por longo tempo e com segurança". Palocci lembrou ainda que nenhum país do mundo e nenhum tempo da história, cresceu durante um período longo com inflação alta. Na avaliação do ministro, decorre daí, a necessidade de, com toda a dedicação, trabalhar pemanentemente para evitar a volta da inflação.
"Para nós do governo", disse o ministro, "o poder não vale uma moeda de dez centavos se com ele o governo não puder garantir que as pessoas tenham direitos e que as crianças possam sorrir. Mas o Brasil não é só o país das dificuldades econômicas, é também o país do extraordinário sucesso do agronegócio; dos grandes artistas e das artes produtivas; é o país da pesquisa de fronteira das células tronco; da pesquisa do genoma; dos desenvolvimentos industriais competivos. Um país, enfim, extremamente viável que só precisa acreditar que pode ser também um país arrumado, equilibrado com crescimento persistente". A solenidade no Hotel Copacabana Palace contou também com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que recebeu o prêmio "Faz Diferença" na categoria País, e do ministro Chefe da Casa Civil, José Dirceu.