Servidores previdenciários entram em greve por 48 horas

23/03/2004 - 13h10

Brasília, 23/3/2004 (Agência Brasil - ABr) - Começou hoje a greve de 48 horas dos servidores do INSS. O atendimento nos postos, o cálculo da revisão de aposentadorias e novas concessões de benefícios são serviços que vão ficar interrompidos durante esse período. O comando de greve reivindica, principalmente, um percentual que chega a 127% de aumento salarial e que corresponde às perdas salariais entre 1995 e 2003.

O diretor do Sindiprev-DF, João Torquato, diz que, em primeiro lugar, a categoria exige o cumprimento na íntegra do acordo firmado com o governo federal. Ele ressalta que os grevistas também querem que o governo propicie melhores condições de trabalho a todos os servidores da seguridade social. Estão entre esses profissionais, os servidores dos ministérios da Saúde, Trabalho e Previdência, além dos que servem à Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e INSS.

Segundo Torquato, a categoria tem uma disposição do Termo do Acordo hoje, especialmente dos servidores do INSS, "onde o governo concede uma parte dos direitos e retira outros, justamente de ações judiciais que não estavam no processo da discussão. Agora o governo busca uma nova interpretação, tentando fazer uma compensação e isso prejudica aqueles trabalhadores que têm suas ações judiciais mais antigas", afirma ele.

Paralelo a essas reivindicações também tem o caso dos servidores de campo da Funasa que têm direitos adquiridos e não estão sendo contemplados. Caso o governo não pague a indenização de campo desses servidores, cuja pendência, segundo o comando de greve, se arrasta desde 1994, o movimento grevista pretende cobrar diretamente no Ministério da Saúde e na Funasa. "Quem sabe assim eles possam estar agilizando e pagando imediatamente", afirmou Torquato, para quem, "se o governo for inteligente, vai apresentar uma proposta que seja viável ao conjunto da categoria".