Rio Paraibuna supera limites de poluição em Minas Gerais

23/03/2004 - 14h33

Brasília, 23/3/2004 (Agência Brasil - ABr) - O projeto "Urbanização e degradação do rio Paraibuna em Juiz de Fora", desenvolvido pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) de março de 2001 a março de 2003, comprovou que o rio está "extremamente poluído". Segundo o professor Pedro Machado, do departamento de Geociências da instituição, os 15 parâmetros utilizados para analisar a poluição da água dos rios, mostram que o Paraibuna rompe todos os padrões estabelecidos.

Entre os parâmetros estão o nível de oxigenação da água, coliformes fecais, demanda bioquímica de oxigênio e pH. O projeto analisou o impacto do esgoto (matéria orgânica) que é lançado no rio sem tratamento, principalmente o esgoto doméstico. O trabalho confirma que o Paraibuna não tem capacidade de absorver essa carga impactante.

O objetivo do trabalho era analisar as relações entre a urbanização e os prejuízos para os recursos hídricos. Quatro bolsistas coletaram amostras de água em cinco pontos do rio em oito ocasiões, para que cada uma das amostras representasse um estação do ano, já que em cada uma delas o rio tem uma característica. As análises foram feitas gratuitamente no laboratório da Cesama, órgão responsável pelo trabalho de saneamento na cidade.

Os resultados já foram apresentados em vários congressos. Segundo Machado, o projeto é o embrião de um banco de dados sobre o rio Paraibuna, já que as únicas informações sistematicamente apuradas são do Instituto de Gestão de Águas de Minas (Igam). (Ascom UFJF)