Governo brasileiro condena morte de líder espiritual do Hamas

23/03/2004 - 11h03

Brasília – O Ministério das Relações Exteriores divulgou nota oficial que condena o assassinato do líder espiritual do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), Xeque Ahmed Yassin. "O Brasil deplora as ações e reações retaliatórias dos últimos tempos, que opõem israelenses e palestinos, e exorta as partes em conflito à moderação e à retomada das negociações, para que o lamentável recrudescimento da violência não prejudique as perspectivas de paz na região", diz o texto.

Yassin foi assassinado ontem por tropas israelenses em frente à mesquita de Gaza. O helicóptero israelense disparou três foguetes contra o líder espiritual do Hamas depois de sua oração matinal. O disparo provocou outras sete mortes e quinze feridos.

A União Européia condenou o ataque porque contraria "a lei internacional". Os Estados Unidos apenas declararam sua "preocupação", mas o porta-voz da Casa Branca disse que Israel tem o "direito de se defender do terrorismo".

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha também afirmou estar "preocupado com a espiral de violência das últimas semanas em Israel, territórios ocupados e autônomos". De acordo com a IV Convenção de Genebra, o direito humanitário internacional proíbe "a morte de civis que não estejam participando diretamente das hostilidades".

Com agências internacionais