Rio, 23/3/2004 (Agência Brasil - ABr) - O presidente da Embratel, Jorge Rodriguez, afirma que,
entre as propostas de compra da Embratel feita pela mexicana Telmex e pelas operadoras fixas Telemar, Brasil Telecom e Telefônica, a preferência dos sete mil funcionários da companhia é pela Telmex.
Segundo ele, diversas razões levam os funcionários a considerarem a proposta da Telmex melhor que a dos "três amigos" porque significa o fortalecimento da empresa, crescimento da concorrência em novos mercados - "o que sugere que ela vai se tornar maior e não menor", fortalecimento financeiro, criação de oportunidades de emprego e de novos produtos.
Jorge Rodriguez diz que a oferta do consórcio das operadoras fixas e da empresa de dados Geodex começa por fatiar a Embratel em três, o que financeiramente a debilita. A proposta garante emprego por somente dois anos.
Rodriguez afirma que, em conversas mantidas com empregados da Embratel, percebeu que eles acreditam mais em uma opção sólida, de longo prazo e que tem como um dos objetivos a integridade e o crescimento da empresa, com aporte de novos investimentos.
O presidente da Embratel diz que a venda da empresa para as operadoras fixas representaria o "esquartejamento" da companhia. Além disso, segundo ele, a venda para as operadoras fixas fere a lei de telecomunicações, ao estabelecer um cartel.
De acordo com Rodriguez, a divisão da Embratel em três empresas, conforme prevê a proposta das fixas, "criaria empresas menores, mais fracas do ponto de vista da concorrência, competindo com empresas totalmente integradas".
O presidente da Embratel acredita que é pouco provável que ocorra a venda da companhia para as operadoras fixas. "Isto significaria a criação de um monopólio privado, com uma participação de mercado de mais de 90%", ressalta.
Os sete mil funcionários da Embratel não incluem os empregados das subsidiárias Star One (de satélites) e Brasil Center (call center).