Feira do Cairo proporciona mais de 300 contatos para empresários brasileiros

23/03/2004 - 14h22

São Paulo – Os empresários brasileiros que participam do estande da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira (CCAB) na Feira Internacional do Cairo - a Cairo International Fair -, no Egito, não têm do que reclamar dos seis primeiros dias de feira. Até o final da tarde de ontem (22), o evento já havia rendido mais de 300 contatos com possíveis importadores dos produtos "made in Brazil".

A CCAB agendou uma reunião de negócios "business match meeting", com a Associação dos Empresários Egípcios (EBA), para o dia 25 de março, às 13h30 (hora local), com todos os expositores brasileiros e cerca de 50 empresários árabes. O presidente da Câmara Árabe-Brasileira, Paulo Sérgio Atallah, e o da Agência de Promoção das Exportações do Brasil (Apex-Brasil), Juan Quirós, deverão estar presentes no encontro.

Os dois chegam ao Cairo na quarta-feira (24), segundo informou o secretário-geral da CCAB, Michel Alaby. "Os brasileiros terão a oportunidade de apresentar seus produtos tête-à-tête e entabular negócios diretamente com eles", comemora ele.

Palestina, Sudão, Líbia e Índia

Alaby faz um balanço do movimento de fim de semana na feira. "Vendas efetivas não ocorreram por enquanto, mas a maioria já sabe que participação em uma feira não significa vendas imediatas", explica. "Por outro lado, se há negócios fechados, as empresas não informam, muitas vezes por se tratar da política da empresa", revela.

De qualquer forma, o final de semana, em especial, garantiu a presença de quatro potenciais compradores. "Recebemos visitas da Palestina, do Sudão, da Líbia e da Índia", conta Alaby.

Segundo ele, da Palestina veio a empresa Emad Hamada Trading, interessada em chapas de madeira (plywood). Do Sudão, o grupo Tajeldin Awadelkarim Trading procurava por máquinas, equipamentos e materiais para construção, como azulejos, cerâmica, granito, material elétrico, entre outros.

Da Líbia, a empresa Abuzoda Trading demonstrou interesse por alimentos processados, como óleo de soja, carnes, enlatados, doces, balas e chocolates, entre outros. Da Índia, a empresa Superlite Jointinings PVT Ltda. procurou o estande para contatar empresas produtoras de asbestos(amianto) para produção de lonas de freios.

De acordo com Alaby, nestes primeiros seis dias de evento foram recebidas várias solicitações de importadores. Ele destaca as seguintes demandas: equipamentos médico-hospitalares, odontológicos e cirúrgicos, lustres e arandelas, minerais, material de fiberglass (fibra de vidro), máquinas e equipamentos para construção, granitos, cerâmica e azulejos, material elétrico, chapas de madeira (plywood), asbestos para fabricação de lonas de freios, maquinaria para embalagem, maquinaria para enchimento e selagem de latas para corned beef, autopeças para veículos de passageiros (Ford, GM e Volks), flores artificiais, máquinas para encher e embalar remédios, ração para animais, eletrodos, parafusos de aço, entre outros.

Além das visitas diárias de compradores de diversos países, Alaby conta que foi informado por importadores egípcios de que o Porto Said, totalmente informatizado e com mínimo tempo de burocracia aduaneira, é o mais ágil do Egito. O Porto Said está situado na entrada norte do Canal de Suez na costa mediterrânea.

"As mercadorias importadas pela jurisdição do Porto levam em média 48 horas para serem liberadas, pois toda a operação portuária é privatizada, enquanto que os outros portos ainda pertencem ao estado e a burocracia é um impedimento para agilizar a liberação da carga", explica Alaby.

As informações são da Agência Anba