Milena Galdino
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A atual fase de negopciação da Área de Livre Comércio das Américas (ALCA) agora definirá a pauta de interesses da cada país. O Brasil e o Mercosul já demonstraram o desejo de aumentar principalmente o acesso ao mercado canadense e norte-americano, sem prejudicar a economia nacional. Hoje, o embaixador Luiz Felipe Macedo Soares, chefe da delegação brasileira nas discussões do bloco, afirmou aos parlamentares que "a área de compras governamentais encontra dificuldades".
Soares também refutou a idéia de que o Brasil dificulte o acesso das empresas estrangeiras ao mercado nacional. "Tanto que a Constituição de 1988 não estabelece diferenças entre companhias brasileiras e estrangeiras", justificou o diplomata no primeiro debate do Comitê Executivo da Confederação Parlamentar das Américas (COPA), que reúne 35 representações das Américas hoje, em Brasília.
O prazo de negociação da ALCA termina em 2005 e deverá apresentar um acordo bem menos abrangente que a proposta inicial de integração econômica. Ao ser questionado pelos parlamentares sul-americanos sobre a possibilidade de a ALCA lançar os alicerces para um acordo de livre trânsito de pessoas, Soares demonstrou pessimismo. "Este tema não entra no universo da ALCA, que é um acordo comercial. Ou seja, pelo menos hoje não há abertura nesse sentido", garantiu.