Ellis Regina,
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha (PT-SP), e o secretário nacional dos Direitos Humanos, ministro Nilmário Miranda, lamentaram hoje no Congresso os atentados terroristas que mataram cerca de 170 pessoas e feriram mais de 600 em trens do subúrbio e centro de Madri. De acordo com João Paulo, o governo e o povo brasileiro "estão de luto" solidários com as vítimas. Nilmário Miranda disse, por sua vez, que o atentado foi uma ação "pavorosa" e que o Brasil condena radicalmente o terrorismo.
O ministro lembrou que a repressão às ações terroristas deve ser feita sem o retrocesso dos direitos humanos já conquistados. "Nós insistimos em fazer a repressão a isso sem o retrocesso dos direitos humanos, inclusive com a cooperação internacional. Os países europeus mostraram que sabem fazer isso sem abrir mão dos direitos democráticos. A Europa pode dar esse exemplo novamente", observou, acrescentando que, ainda assim, a repressão deve ser eficaz.
Ao ser questionado sobre declarações de representantes do governo americano de que o terrorismo já estaria instalado no Brasil, Nilmário disse que há atos no Brasil realizados por quadrilhas e facções criminosas que se assemelham às ações terroristas como o ataque a viaturas e postos policiais e o assassinato de fiscais do Trabalho, na cidade mineira de Unaí. Observou que essas ações não possuem a conotação de terrorismo com vinculações políticas e raciais. "É a reação de grupos criminosos contra o combate que eles estão sofrendo", justificou.