Comissão que coordena campanha contra a baixaria na TV critica exibição de telejornais

11/03/2004 - 13h13

Brasília - A campanha Quem Financia a Baixaria é contra a Cidadania, promovida pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara, divulgou hoje nota contra a decisão do Ministério da Justiça de manter, no horário livre, três telejornais onde predominam as notícias policiais: Cidade Alerta, da TV Record; Brasil Urgente, da TV Bandeirantes; e Barra Pesada, exibido pela TV Jangadeiro, do Ceará.

Atendendo à recomendação da campanha contra a baixaria na TV, o Ministério da Justiça havia reclassificado os três programas como inadequados para exibição antes das 9 horas da noite, por serem impróprios para menores de 14 anos. Mas a decisão durou apenas um dia, e foi revogada sob alegação de que o ministério não classifica programas ao vivo. Com isso, os telejornais voltaram a ser exibidos em horário livre.

O coordenador da campanha, deputado Orlando Fantazzini (PT-SP), criticou a revogação e pede a retirada do patrocínio desses telejornais. "Tomamos a decisão de solicitar aos anunciantes desses programas que não mais anunciem e não colaborem com programas dessa natureza que afrontam o Estatuto da Criança e do Adolescente. Programa que traz pânico, terror, medo, que não informa e não constrói nada em termos de cidadania e tampouco em cultura de paz, em horário nenhum poderia passar", avaliou o deputado.

Fantazzini informou que a campanha contra a baixaria na TV vai recomendar à Fundação Abrinq que os anunciantes desses três telejornais não recebam título de empresa Amiga da Criança. Em caso de anunciante público, a campanha vai recomendar aos cidadãos que enviem protesto para as autoridades responsáveis.

As informações são da Agência Câmara