Rio, 8/3/2004 (Agência Brasil - ABr) - Apesar de aparentemente não haver mais disposição das empresas Varig e TAM de fundir suas operações, há interesse de manter algum tipo de entendimento entre as duas. A opinião é do ministro da Defesa, José Viegas.
Indagado se a continuidade do acordo operacional entre Varig e TAM o satisfazia ou se a fusão era necessária, ele afirmou que espera resultados práticos e citou Mao Tse Tung. "Não importa se o gato seja preto ou branco. O que importa é que ele coma os ratos. Esta é a posição do ministério", afirmou, destacando que as modalidades de operação que levarão a essa eficácia terão de ser decididas pelas empresas.
Para Viegas, nas circunstâncias atuais da aviação civil, é importante a integração dos serviços aéreos, com uma malha aeroviária mais racional e mais eficaz. "Quero um setor de aviação civil estável e rentável, com companhias bem administradas, de padrão internacional, e com a preservação do mais alto nível de emprego", afirmou.
Viegas disse que o esforço feito a partir de 2003 pelas empresas e pelo ministério, com um marco regulatório mais ajustado à situação que o país vive, gerou grandes progressos. A taxa de ocupação dos aviões comerciais passou de uma situação de prejuízo, em janeiro de 2003, da ordem de 57%, para 67% em janeiro de 2004. Isso significa lucro e permite um grau de rentabilidade que o ministro quer para as empresas do setor.
O ministro destacou que esse processo é contínuo. "Nós vamos continuar trabalhando no sentido do aperfeiçoamento. Certamente, estamos trabalhando no rumo certo". O governo, disse o ministro, está empenhado em manter bem alta a participação da aviação civil no mercado internacional. "Este é um objetivo permanente, que nós tratamos de assegurar", garantiu.
O setor de aviação civil alcançou o primeiro estágio da rentabilidade e da sustentabilidade, que é um dos objetivos fundamentais propostos pelo Ministério da Defesa, complementados pela manutenção do nível de emprego. "As empresas devem ser rentáveis, devem ser bem administradas e, dentro desse parâmetro, os níveis de emprego devem ser os mais altos". Esses são os princípios que orientam a política do governo.
"O êxito parcial obtido nesse primeiro ano nos encoraja a prosseguir nesse caminho de longo prazo, com expectativa inclusive de que um comportamento mais positivo da demanda em 2004 permita que o setor alce vôo e alcance a estabilidade e a sustentabilidade que todos nós queremos", afirmou o ministro.