Reciclagem de materias e corte de desperdício trazem economia ao governo

06/03/2004 - 9h16

Brasília, 06/2/2004 (Agência Brasil - ABr) - Vários órgãos públicos de Brasília adotaram medidas simples para combater o desperdício e preservar o meio ambiente, que já estão rendendo significativa economia de recursos. Usar a frente e o verso das folhas, economizar copinhos de água, não esquecer de desligar os computadores e apagar a luz ao sair, por exemplo. A conscientização de funcionários para evitar o desperdício de dinheiro e preservar a natureza é uma parceria com a ONG Amigos do Futuro. Só no Ministério da Educação, a economia chega a meio milhão de reais por ano.

A campanha é feita com treinamento, palestras, filmes e cartazes que ensinam uma forma mais ecológica de usar o material de trabalho. De acordo com o sub-secretário de assuntos administrativos do Ministério da Educação, Sílvio Pétrus, com o programa, o ministério chega a economizar 200 kg de papel por dia. "Se você pensar que uma tonelada de papel representa dez árvores, dá pra imaginar o quanto essa economia significa".

No Supremo Tribunal Federal, as medidas tomadas são bem parecidas. Lá, os monitores dos computadores são programados para desligar sozinhos, as impressoras trabalham com baixo gasto de energia e a coleta do lixo é seletiva. Por mês, o Supremo recolhe doze toneladas de resíduos recicláveis.

A presidente da ONG Amigos do Futuro, Rejane Pieratti, explica que os programas de reciclagem nos órgãos públicos trabalham com três princípios básicos. "Reduzir o consumo, reutilizar os materiais no próprio órgão e reciclar para que vidro volte a ser vidro e o papel volte a ser papel, por exemplo".

Sílvio Pétrus, do Ministério da Educação ressalta que a campanha de reciclagem não se restringe ao ambiente de trabalho. "Acaba que o funcionário leva o programa para casa e passa a fazer da economia de material, algo do seu dia-a-dia".

Todos os órgãos públicos que participam desse programa de reciclagem têm parcerias com associações de catadores de papel. Além de preservar a natureza, ainda garantem uma renda a esses profissionais.