Adriano Gaieski
Repórter da Agência Brasil

Xambioá (TO) - Há mais de 4 horas peritos antropólogos argentinos e uma equipe de geólogos brasileiros estão rastreando com um radar geológico uma área de 500 m2, onde funcionou o comando da base militar do Exército e da Aeronáutica no combate à Guerrilha do Araguaia. Nesse local, estariam enterrados quatro guerrilheiros, entre eles Osvaldo Orlando da Costa, o Osvaldão, um dos principais líderes do movimento armado; Walquíria Afonso Costa, um camponês conhecido como Batista, e um quarto militante do PC-do B ainda não identificado. Eles foram executados sumariamente no início dos anos 70 depois de terem sido presos pelos soldados das Forças Armadas.

Até agora o radar geológico nada localizou. Porém, funcionários da Secretaria Especial de Direitos Humanos já encontraram cápsulas de munição detonada, principalmente calibre 45, provavelmente de um revólver smith werson, muito usado na época por sargentos das Forças Armadas. Também foi encontrada uma guarda de cama de campanha.

O trabalho está sendo acompanhado pelo ministro Nilmário Miranda, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, e pelo procurador da República no Pará, Felício Pontes.