Brasília - Com as perspectivas de novas chuvas no Ceará, entre março e junho deste ano, o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) e o Governo do Ceará, por meio da Secretaria dos Recursos Hídricos e da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogehr), decidiram reabrir, às 9h desta segunda-feira, às 12 comportas do maior açude do Ceará, o Castanhão.

A providência permitirá uma vazão de 500 metros cúbicos (m3) por segundo. Haverá o monitoramento a jusante (abaixo) e a montante (acima) da barragem,com o que será possível controlar o volume das águas dos rios Salgado e Jaguaribe e evitar cheias em todos os municípios da região do Baixo Jaguaribe, onde vivem mais de 300 mil pessoas.

No próximo dia 9, a cota do nível da água do açude alcançará 100 metros acima do nível do mar, acumulando 4,5 bilhões de m3. O diretor-geral do Dnocs, Eudoro Santana, explicou que a cobertura das comportas permitirá que o Castanhão permaneça com uma cota de reserva, para receber as águas das chuvas que cairão sobre as cabeceiras do açude até junho próximo,conforme as previsões da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos(Funceme).

Santana informou que, além do Castanhão, o Açude Banabuiú continuará também com suas comportas abertas, com vazão de 250 m3 por segundo. O Rio Banabuiú, represado pela barragem de mesmo nome, é um dos principais afluentes do Jaguaribe, passando próximas às cidades de Morada Nova e Limoeiro do Norte. É nesta última que as águas dos dois rios se encontram.

O secretário estadual de Recursos Hídricos, Edinaldo Rodrigues, informou que os 123 açudes monitorados pelo Estado - dos quais 61 controlados pelo DNOCS - já acumulam 14 bilhões de m3 dágua, que correspondem a 80% da capacidade de acumulação (17,5 bilhões). Lembrou que em janeiro deste ano, no início da estação de chuvas, os açudes acumulavam 4 bilhões m3. "50 dias depois, os reservatórios já armazenavam 9 bilhões de m3", disse o secretário.