Gabriela Guerreiro
Repórter da AGência Brasil
Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou hoje a defender a integração dos países da América do Sul como forma de garantir ao continente maior inserção na economia internacional. Durante discurso na abertura da reunião preparatória para a VIII Cúpula Ibero-Americana de Presidentes de Cortes Supremas, o presidente foi enfático ao defender a união dos países da América do Sul e América Latina. "Nesse mundo globalizado, onde os grandes blocos econômicos se fizeram acontecer e determinam as regras do jogo do mundo comercial, ou nós, que somos países com similaridades, muitos pequenos, muitos com uma capacidade produtiva muito pequena, ou nós nos juntamos e agimos como se fôssemos uma nação sul-americanas para enfrentar os países ricos, ou nós iremos passar muitas décadas sendo vítimas de uma política internacional no campo econômico e no campo comercial injusta, que protege apenas os países mais ricos", enfatizou.
O presidente lembrou que durante os 13 meses em que está no governo, a relação do Brasil com a América do Sul e a América Latina foi prioridade em sua gestão. O governo brasileiro dedica especial atenção, segundo Lula, ao Mercosul. Ele garantiu que muito em breve o bloco econômico será integrado por outros países sul-americanos, e não apenas pelo Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. "Vamos fazer com que a América do Sul e a América Latina sejam vistas por outros países como um continente sólido, de dirigentes comprometidos com a integração que não pode ficar apenas no discurso secular que historicamente fazíamos", afirmou.
O presidente também garantiu que a integração física da América Latina, uma de suas metas pessoais, vai ser efetivamente colocada em prática. "Mais importante ainda é que nós tomamos uma decisão que o tempo se encarregará de comprovar o tamanho e a dimensão da decisão. Vamos fazer a integração física da América Latina. A integração política, a integração econômica não pode prescindir da integração física", defendeu.