Recife, 31/1/2004 (Agência Brasil - ABr) - O governador em exercício de Pernambuco, José Mendonça Filho, chegou hoje a Petrolina, a 722 km do Recife para avaliar os estragos provocados pela chuva e anunciar medidas emergenciais. Ele foi recebido pelo prefeito Fernando Bezerra Coelho, que deve decretar estado de calamidade pública, a qualquer momento.

Desde o temporal que caiu ontem na cidade, a população ficou ilhada, já que a chuva destruiu parte das três rodovias que ligam Petrolina as principais capitai do nordeste. Quatro avenidas que ligam o lado leste a oeste da cidade foram invadida pelas águas do riacho das porteiras. Calcula-se que 40 mil pessoas estão sem água potável por causa do rompimento de uma adutora da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa).

Segundo o secretário de governo do município, Aloísio Gomes, a situação é critica já que 30% dos 2.100 desabrigados não terão condições de retornar às suas casas. Ele explicou que a maior preocupação é com a saúde já que em decorrência dos alagamentos há risco de infectação por muriçocas.

O governador visitará os 130 desabrigados que estão na escola pública Manoel Paiva Neto, o distrito industrial onde duas avenidas em que trafegam 14 mil veículos por dia foram rompidas e se reune com autoridades para definir caminhos que restabeleçam o acesso a cidade.

Cerca de 50 km de estradas que ligam a cidade de Lagoa Grande a Petrolina foram rompidos, deixando ônibus, caminhões e automóveis sem poder trafegar, parados numa fila de mais de 3 km. Além disso, o hospital Dom Malan, que recebe pacientes de 54 municípios está sem poder prestar atendimento aos doentes que não têm como chegar a cidade.

A previsão da meteorologia para hoje é de chuva em Petrolina. A média histórica da cidade é de 75mm mas, nos últimos 20 dias já choveu 630 milímetros.