Força de trabalho envelhece e preocupa países ricos

24/01/2004 - 16h05

Davos (Suíça) - O envelhecimento da população mundial avança a passos largos no mundo inteiro. O grande risco é que, num futuro próximo, não existam mais recursos para pagar as aposentadorias.

Atualmente na Suíça, por exemplo, para cada aposentado existem 3,6 trabalhadores ativos que permitem cobrir as necessidades financeiras e os serviços de seguro social da massa de inativos. O panorama, no entanto, será muito mais preocupante a partir de 2030, quando só existirão 1,8 trabalhadores ativos para cada aposentado.

O problema do crescimento da massa de inativos no planeta é refletida pelo Fórum Econômico Mundial no "Estudo Internacional sobre as Pensões", documento especialmente elaborado para ser debatido durante o encontro de executivos, empresários e representantes mundiais na Suíça.

Ásia como futura potência

A qualidade e expectativa de vida na Suíça é uma das mais altas no mundo. Homens podem aspirar a viver 81,42 anos e as mulheres 85,58 anos.

A idade média da população suíça é, atualmente, de 41 anos. Em 2003, ela será de 48 anos. Nesse sentido, o habitante médio de qualquer um dos 26 cantões estará a menos de 20 anos de concluir sua vida produtiva.

Por isso, os economistas do fórum estimam que, no início da quarta década do século XXI, o potencial estará baseado num outro continente. Dentro das reflexões apresentadas no estudo, a Ásia é o continente do futuro.

Situação do Japão

No Japão, uma potência industrial, o contexto não será tão bom como aspira seu governo. Atualmente a taxa de natalidade da sua população é tão baixa que, dentro de 25 anos, o país terá de multiplicar por 11 a imigração atual para responder à necessidade de mão-de-obra.

Em contrapartida, a Índia terá mais de 335 milhões de trabalhadores antes de 2030, número que corresponde aos aposentados que terão os países da União Européia e os Estados Unidos juntos no mesmo período. A China terá um superávit de força de trabalho de mais de 300 milhões de pessoas.

As informações são do site swssinfo.org