Rio, 12/12/2003 (Agência Brasil - ABr) - A nova modelagem do setor energético brasileiro dá garantias de abastecimento através do planejamento de médio e longo prazos de novos projetos hidrelétricos, permitindo, desta forma, que a geração venha a ser sempre maior do que a demanda. A afirmação foi feita hoje, em entrevista coletiva, pelo presidente de Furnas, José Pedro Rodrigues de Oliveira.
Ele elogiou a inversão dos critérios de licitação, segundo os quais ganha quem oferecer o menor preço final ao consumidor, não mais quem apresentar o maior ágio. "Não fosse este novo modelo e a garantia de suprimento de energia com base no planejamento e nos novos conceitos de licitação na área de geração, o país ingressaria na época de tarifas proibitivas para o bolso do consumidor. No antigo modelo, quem ganhava o leilão era quem apresentasse o maior ágio, que era repassado às tarifas", afirmou.
Para o presidente de Furnas, o antigo modelo não garantiu a expansão da geração, preços mais baixos, nem o abastecimento, o que acabou por levar o país a dois apagões. Ele foi categórico ao afirmar que, além de ter sido muito discutido e sujeito à contestação por parte dos agentes dos setores público e privado, o novo modelo "é consistente, extremamente defensável e facilmente explicável", porque está centrado no planejamento de médio e longo prazos. "Além disso, garante o retorno dos investimentos de geração, ao associar as licitações a contratos de fornecimento de, no mínimo, 15 anos".