Presidente defende comércio internacional aberto e equilibrado

12/12/2003 - 16h09

Brasília, 12/12/2003 (Agência Brasil - ABr) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar hoje os subsídios agrícolas impostos pelos países desenvolvidos, "responsáveis por distorções no comércio internacional". Em discurso no encontro com representantes de delegações ministeriais do G-20, Lula defendeu um comércio internacional aberto e equilibrado. "As posições definidas pelo G-20 conduzem ao fim das atuais distorções do comércio agrícola, e trarão melhores condições de vida para bilhões de agricultores em todo o mundo. Lutamos pela eliminação dos subsídios à exportação e medidas equivalentes, bem como os subsídios internos à produção, que distorcem o comércio", afirmou.

O presidente defendeu melhoria nas condições de acesso aos mercados dos países desenvolvidas, e conclamou os países em desenvolvimento a unirem forças em prol de um comércio internacional mais justo. "Em nome dos setores mais vulneráveis de nossas sociedades, dos que ainda passam fome em nossos países, precisamos nos unir para que as regras do comércio internacional sejam mais justas e para que nossa competitividade se traduza em benefícios reais", ressaltou.

Na avaliação de Lula, o G-20 busca uma combinação equilibrada entre a agricultura familiar e o agronegócio, assim como entre os interesses sociais e empresariais. "Para os países em desenvolvimento, equilibrar essa equação é fundamental e indispensável em qualquer discussão comercial. Não podemos abrir mão da promoção do desenvolvimento com justiça social", disse.

O presidente Lula lembrou que os países membros do G-20 são responsáveis, hoje, por mais de 22% da produção agrícola mundial. Nesses países, ainda segundo o presidente, também vivem 70% dos agricultores do mundo. "Graças à firmeza da atuação individual de seus membros e de sua visão coletiva, o G-20 tem contribuído para que os parâmetros de discussão da questão agrícola na OMC deixem de ser impostos pelos interesses protecionistas de alguns poucos atores", afirmou o presidente.