São Paulo, 12/12/2003 (Agência Brasil - ABr) - Investir no preparo de docentes para que alunos da rede de ensino médio cheguem às universidades com melhor conhecimento em assuntos da área científica e tecnológica é uma das prioridades do Ministério de Ciência e Tecnologia. Programa neste sentido será lançado, em janeiro, por meio de uma parceria que contará com a participação da Unesco, agência das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, e do Ministério da Educação (MEC). O ministério da Ciência e Tecnologia fornecerá laboratórios e o MEC atuará no aperfeiçoamento dos professores.
"O nosso objetivo é criar condições no País para que cada vez mais o Brasil possa agregar valor a seus produtos remetidos ao exterior, e para isso teremos que ter pessoal qualificado", disse o ministro de Ciência e Tecnologia, Roberto Amaral, hoje, em São Paulo, onde participou de almoço de confraternização da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee).
Para ele, a capacitação deve começar já nos bancos escolares do ensino médio, com atenção especial voltada para os alunos da rede pública. Na avaliação de Amaral, "a qualidade do ensino hoje é péssima" e há necessidade de uma recuperação no setor. Ele defendeu, ainda, a necessidade do país em diminuir a dependência externa de conhecimento científico e disse que investir no setor tem a vantagem de gerar emprego e renda.
Amaral apresentou o balanço das atividades de seu ministério em 2003 e queixou-se do orçamento herdado do governo anterior, alegando que a quantia foi insuficiente para ousar nos projetos que gostaria de ter desenvolvido. Ele acredita, no entanto, que esta questão será superada em 2004. Segundo Amaral, as previsões indicam crescimento econômico relativo à área de ciência e tecnologia. O raciocínio usado pelo ministro leva em conta que, se houver a expansão da cadeia produtiva, haverá mais recursos em circulação e, certamente, crescem as chances de um volume financeiro mais alto para investimento nos programas científico-tecnológicos.