Brasília, 12/12/2003 (Agência Brasil - ABr) - O diretor-executivo da Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica (Abrage), Maurício Soares, disse que várias regras da nova política energética são resultado de contribuições da associação. O novo modelo foi lançado ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff.

Entre as contribuições estão: a contratação de 100% da demanda das distribuidoras, criação de uma reserva de segurança de energia, prorrogação das concessões por 20 anos, contratos de longo prazo e planejamento de expansão do setor.

O diretor disse, também, que a única preocupação da Abrage é com a contratação das energias existente (velha) e futura (nova) proposta no modelo. "Existe uma distinção entre as energias, quando deveria haver uma igualdade na contratação". Soares explicou que os contratos de energia velha são de curto prazo, enquanto que a energia nova terá contratos de longo prazo, por no mínimo 15 anos.

Segundo ele, com as novas regras, as licitações de energia existentes vão acabar tendo preços baixos e as empresas não terão reserva de mercado. Soares acrescentou que a associação pretende levar novas sugestões para os parlamentares, durante o trâmite das Medidas Provisórias que regulam o setor.