Brasília, 9/12/2003 (Agência Brasil - ABr) - Cientistas ligados à agência espacial norte-americana Nasa revelaram que dados coletados por um módulo espacial de pesquisa indicam que humanos poderiam sobreviver às condições na superfície de Marte. Em uma conferência na Califórnia, os cientistas disseram que o maior problema no tocante a estabelecer uma base humana no planeta seria a radiação à qual seus moradores estariam submetidos.
No entanto, tal radiação equivale a, no máximo, o dobro da radiação a que os astronautas já se submetem em missões na Estação Espacial Internacional, que orbita da Terra. Segundo os cientistas, é necessário realizar mais pesquisas para ver quais seriam, na prática, os efeitos biológicos da exposição à radiação de Marte.
Entre os conseqüências que a radiação poderia ter, os cientistas destacaram o aumento do risco de câncer, de catarata e danos ao sistema nervoso. Apesar disso, eles disseram que seria possível gerenciar tais efeitos, de forma a tornar mais seguras as missões humanas ao planeta.
Ainda ontem, outro grupo de cientistas, na mesma conferência em San Francisco, disse existir um plano para enviar uma sonda às luas de Júpiter. A missão da sonda Galileu, encerrada neste ano, revelou que três das luas gigantes de Júpiter - Calisto, Ganimedes e Europa - poderiam ter oceanos sob suas superfícies congeladas. A sonda proposta, batiza como Icy Moons Orbiter, exploraria a possibilidade de que exista vida nesses oceanos.
Uma dos pré-requisitos da sonda é que seja capaz de "pular" de uma lua para outra. Isso, de acordo com a Nasa, exigirá mais energia do que a usada por outras sondas, e a única forma realista de suprir essa demanda seria o uso de um reator nuclear. Isso também permitiria que a sonda levasse instrumentos a bordo que geralmente não são usados nesse tipo de missões por usarem energia demais. (BBC Brasil)