BB quer aumentar qualidade dos serviços

09/12/2003 - 12h25

Brasília, 09/12/2003 (Agência Brasil - ABr) - O Banco do Brasil "dá um salto de qualidade" ao oferecer 38 agências de atendimento especializado nas principais cidades do país (três delas no Distrito Federal), e opera uma estratégia agressiva para aumentar sua base de clientes; com prioridade junto aos servidores públicos, conforme revelou, hoje, o Diretor de Governo do banco, João Carlos de Mattos, durante café da manhã com jornalistas.

Ele disse que 1,540 milhão de servidores federais (ativos e inativos) recebem salários pelo BB, que atende também a 650 mil servidores estaduais e 2 milhões de funcionários municipais. Mas, "ainda há bastante espaço para atrair mais servidores" junto às Forças Armadas, estados e municípios, segundo ele. Principalmente nos estados que tiveram seus bancos liquidados ou privatizados; ou, ainda, em fase de liquidação. Caso do Banco do Estado do Maranhão, que deve ir a leilão até fevereiro do próximo ano, de acordo com cronograma do Banco Central.

O BB tem a conta integral dos servidores dos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Rio Grande do Norte, Acre, Rondônia e Roraima, que não dispõem mais de bancos estaduais; e pretende disputar as clientelas oficiais da Bahia, Pernambuco e Paraná, que somam cerca de 600 mil servidores. Isso porque terminam em 2004 os convênios dos governos baiano e pernambucano com o Bradesco, além do possível rompimento do acordo do governo paranaense com o Itaú, já aprovado na Câmara Legislativa, por iniciativa do governador Roberto Requião.

João Carlos disse que além de o BB dispor de grande capilaridade, com agências em todas as regiões do país e ampliação da rede de correspondentes bancários, também pode oferecer serviços diferenciados aos 5.561 municípios. Caso, por exemplo, dos convênios para arrecadação de dívidas de terceiros com as prefeituras, que começaram a funcionar no ano passado e atendem, hoje, a 231 municípios, que conseguiram receber, até outubro último, o incremento de R$ 492 milhões em dívidas antigas.

O BB também descobriu em seu sistema de licitação on-line um "ótimo canal de contribuição para baratear as compras de outros órgãos de governo", conforme o diretor. Ele disse que o sistema foi montado unicamente com o objetivo de servir ao próprio banco, mediante o cadastramento de fornecedores que, "naturalmente tornam-se clientes", segundo ele, para facilitar as operações de recebimento dos pagamentos devidos.

Ele afirmou que o sistema funcionou tão bem que alguns governos estaduais, prefeituras e empresas estatais o utilizam, mediante acordo. Tanto que já foram realizadas 5.085 negociações eletrônicas de 2001 para cá. Inclusive com operações conjuntas como a recente compra de papel que BB e Caixa Econômica Federal (CEF) realizaram com economia de 17% para a CEF e 7% para o BB.

Só este ano foram 688 compras por licitação eletrônica a 384 fornecedores, num processo que se acentua cada vez mais. Basta dizer que em novembro foi registrada a média diária de 45 licitações. Os principais usuários do sistema em volume de compras, de janeiro a outubro deste ano, além do próprio BB, foram a Petrobras Distribuidora (R$ 143,4 milhões), Governo do Paraná (R$ 83,8 milhões) e Prefeitura de Salvador (R$ 36,8 milhões).