Rio, 11/11/2003 (Agência Brasil - ABr) - O Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna (IGP-DI), que em outubro ficou em 0,44%, mostra um recuo forte nas altas dos produtos agrícolas, o que é importante porque vai permitir que os preços dos alimentos, tanto no atacado como no varejo, também venham a recuar.

A avaliação é do coordenador de Análises Econômicas do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE), da Fundação Getúlio Vargas, Salomão Quadros. O economista disse que também os preços dos produtos industriais no atacado "estão praticamente zerados" com variação de apenas 0,06%, se não for levada em consideração a alta de 4,83% no item extrativa mineral.

Essa elevação, segundo Quadros, é sazonal e não apresenta tendência demorada. O coordenador de Análises Econômicas do IBRE destacou os efeitos dos combustíveis e lubrificantes que registraram queda de 2,08% e do grupo Açúcar com redução de 15,17%. Em contrapartida, houve elevação em produtos alimentares com alta de óleos de soja no grupo Óleos e Gorduras de 8,79%.

Para Salomão Quadros, a economia passa por uma situação de absoluta estabilidade de preços. O que também pode se analisar no Índice de Preços ao Consumidor(IPC) que registrou variação de 0,21%, em outubro. Ele explicou que a variação é pequena e anualizada ficaria em pouco mais de 3%. "Acho que a gente está vivendo uma situação de bonança, de grande tranqüilidade na frente inflacionária", concluiu.