Diadema (SP) - O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Francisco Fausto, defendeu hoje a regulamentação das comissões de conciliação prévia. Em visita à sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Francisco Fausto ouviu do presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Luiz Marinho, a proposta de unir esforços para "separar o joio do trigo"e "acabar com a pilantragem', ou seja, trabalhar para proibir a atuação de conciliadores que recebem até R$ 50 mil por mês por acordos conciliados. Por falta de solução para pôr fim a essas irregularidades, o ministro chegou a propor o fim das CCPs.
A convite da CUT, Francisco Fausto, o ministro do TST Luciano de Castilho e o representante da Ordem dos Advogados no tribunal, Roberto Valdas, visitaram o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e a CUT, em São Bernardo do Campo, onde participaram de um debate sobre as comissões de conciliação. A intenção da CUT foi mostrar a experiência bem-sucedida de seu Sistema de Conciliação Prévia. Francisco Fausto disse que as CCPS da central de trabalhadores pode servir de paradigma para a regulamentação das comissões de conciliação que está em discussão no Fórum Nacional do Trabalho.
Integradas por representantes patronais e dos trabalhadores, as comissões da CUT não cobram por acordos feitos, o que foi considerado positivo pelo presidente do TST. Ele afirmou que as irregularidades ocorrem principalmente quando as comissões cobram por acordos realizados, o que leva os conciliadores a fazer pressão para que haja acordo, mesmo que não seja vantajoso para o trabalhador.
As informações foram divulgadas pelo Tribunal Superior do Trabalho.