Mato Grosso do Sul recebe R$ 9 milhões do Fundo Nacional de Segurança

29/10/2003 - 15h38

Brasília, 29/10/2003 (Agência Brasil - ABr) - O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, participou hoje da solenidade de assinatura de convênio para repasse de R$ 9 milhões do Fundo Nacional de Segurança Pública para o governo do estado do Mato Grosso do Sul. Os recursos serão investidos na reestruturação e no reaparelhamento das polícias do estado, que, em contrapartida, arcará com R$ 1,09 milhão.

Durante a solenidade, da qual participou o governador do Mato Grosso do Sul, José Orcírio dos Santos, o Zeca do PT, também foi assinado um convênio para a liberação de R$ 3,86 milhões, do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen) para o estado. A verba é destinada à conclusão do estabelecimento de segurança média em Três Lagoas.

O ministro aproveitou a ocasião para homenagear o ex-secretário Nacional de Segurança Pública, Luiz Eduardo Soares, que na semana passada pediu demissão, depois da denúncia de ter contratado a esposa e a ex-mulher para prestarem serviços à secretaria. Bastos disse que a "fecundidade intelectual e a capacidade de criação de Soares vão ser sempre uma fonte de inspiração para todos que continuarem a trabalhar na segurança pública no ministério e em todo o Brasil".

Thomaz Bastos ressaltou ainda o papel desempenhado pelo ex-secretário com vistas à implantação do Sistema Único de Segurança Pública nos estados, "a primeira experiência séria em matéria de segurança pública que já se viu no Brasil".

"Entendi perfeitamente que ele quis sair para não constranger o governo numa situação que se tinha armado", disse o ministro.

Thomaz Bastos informou que até a próxima segunda-feira (3) anunciará o nome do novo secretário.

O ministro da Justiça reafirmou que a criminalidade no Brasil só será combatida com uma série de medidas que passam por mudanças no Poder Judiciário, nas polícias e no sistema prisional. "Não queremos transferi-la para os governos estaduais, nem queremos jogar a culpa no passado por coisas que não foram feitas. Essas culpas existem, mas queremos assumir essa segurança e trabalhar no sentido de que sabemos que a prevenção é muito mais importante que a repressão", destacou.

"Nós não vamos conseguir vencer essa batalha no Brasil se não cuidarmos da prevenção. O Fome Zero é tão importante como a compra de equipamentos na luta contra o crime no Brasil", afirmou.