Rio, 30/9/2003 (Agência Brasil - ABr) - A geração de energia elétrica realizada próxima ao consumidor é apontada por especialistas da área,como uma das alternativas para as dificuldades enfrentadas, pelo setor, no atual panorama de energia do país. O incentivo a este tipo de energia será o tema central de empresários e representantes de vários segmentos ligados ao setor elétrico, no VI Seminário Internacional de Geração Distribuída, que vai acontecer nos dias amanhã (01) e quinta-feira (02), na Marina da Glória, no Rio de Janeiro. A idéia é discutir a forma mais conveniente em cada localidade, entre as várias formas de fontes que podem ser utilizadas na Geração Distribuída, como o gás natural, a biomassa ( bagaço da cana-de-açúcar, palha de arroz e resíduos da madeira), resíduos de lixo e pequenas centrais hidroelétricas.
O diretor geral do Instituto Nacional de Eficiência Energética (INEE), Jayme Buarque de Hollanda disse que é possível acontecer até 15% de redução na perda de energia, se comparado com o sistema comum de geração utilizando unidades maiores, que precisam de um processo de transmissão mais longo.
Jayme Buarque de Hollanda explicou que no sistema convencional parte da energia transformada em calor se perde no meio ambiente, o que não acontece com a Geração Distribuída porque praticamente toda a energia produzida é aproveitada. Ele afirmou que as descobertas de gás natural feitas pela Petrobrás, na região sudeste, podem incentivar ainda mais o uso da geração de energia próxima ao consumidor. " O melhor uso que se pode fazer é a co-geração".
O diretor geral do INEE lembrou também que várias siderúrgicas já utilizam o sistema e até conseguem vender excedentes de geração, além disso, vários shoppings funcionam com geração própria, uma alternativa que se ampliou depois da crise de energia em 2000.