Informações da Rádio França Internacional
Dubai, Emirados Árabes - Uma série de elogios ao Brasil marcou a reunião do do Fundo Monetário Internacional (FMI), em Dubai, nos Emirados Árabes, nesse final de semana. O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, John Snow, por exemplo, disse que o Brasil deve servir de modelo no cenário econômico internacional. Ele qualificou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, como exemplos de liderança política no mundo atual, pois os dois são exceções notáveis que buscam soluções para os problemas da economia.
Investidores e analistas de bancos internacionais também engrossaram o coro de elogios ao Brasil. Eles afirmaram que, apesar da vulnerabilidade, por causa das dívidas, o país está criando condições para atingir um crescimento sustentável.
Apesar dos elogios dos países ricos, o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, criticou duramente o protecionismo comercial deles. Segundo Palocci, o ritmo ainda tímido de recuperação da economia global deve-se à lentidão das grandes potências econômicas em resolver seus próprios problemas e em acelerar a redução do protecionismo.
Argentina
Enquanto o Brasil recebeu vários elogios, a Argentina foi alvo de duras críticas. A polêmica sobre o acordo de três anos - no valor de US$ 12,5 bilhões - do país com o Fundo Monetário Internacional (FMI) gerou dúvidas entre os vários investidores e representantes de países ricos que não esconderam seu ceticismo com o sucesso desse novo acordo. Entre os compromissos assumidos pela Argentina está o de um superávit fiscal de 3% do PIB em 2004. O governo argentino deverá divulgar hoje, em Dubai, a sua carta de intenções para renegociação da dívida com credores do setor privado.
O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, disse que o acordo entre a Argentina e o FMI é um fator positivo para o país. "É bom para o Brasil, para o Fundo, e para toda América Latina, que a Argentina arrume suas contas", afirmou.
Colaboração: Lívia Albernaz