São Luís, 23/8/2003 (Agência Brasil - ABr) - O ministro da Defesa, José Viegas, afirmou em entrevista coletiva que 16 corpos foram localizados na área do acidente, mas apenas dois foram transferidos para o IML da capital maranhense. Afirmou, ainda, que o maior número de informações possível foi passado para os familiares das vítimas em São José dos Campos, no interior paulista. As famílias, inclusive, estão facilitando à distância a identificação dos corpos.
De acordo com o tenete-brigadeiro Astor Nina de Carvalho, comandante do Centro de Lançamento de Alcãntara, o VLS não explodiu na base conforme a imprensa vem noticiando. Segundo ele, o que ocorreu foi um grande incêndio na base do primeiro estágio do foguete. Em seguida, as chamas se propagaram rapidamente gerando um calor de cerca de 3 mil graus, o que provocou a queda da torre de lançamento sobre o foguete.
O major Carvalho disse que a hipótese de sabotagem é praticamente descartada, isso com base na análise das fotos e das fitas de gravação que foram feitas durante o lançamento simulado. Frisou, ainda, que as possibilidades de falha humana também são muito reduzidas, uma vez que os técnicos que trabalhavam no local eram altamente qualificados.
O ministro da Ciência e Tecnologia, Roberto Amaral, também na coletiva, afirmou que o acidente com o Veículo Lançador de Satélites (VLS) não prejudica os entendimentos que o Brasil vem mantendo com a Ucrânia e a Rússia para o desenvolvimento do programa Aeroespacial do país. Roberto Amaral assegurou, também, que o presidente Luiz inácio Lula da Silva já lhe informou que o programa espacial do país não deverá ser interrompido.