Brasília, 23/8/2003 (Agência Brasil - ABr) - A 22ª Feira do Livro de Brasília, aberta ontem e que vai até 31 de agosto, está com expectativas de vendas superiores às do ano passado, apesar de seus organizadores reconhecerem a crise econômica, que faz com que a maioria dos seus visitantes apenas olhe as ofertas de livros novos e usados. Em media, apenas duas, entre dez pessoas se dispõem a comprar, depois de passar pelos 145 estandes dos 98 expositores, entre livrarias, sebos, distribuidoras e editoras.
Segundo o presidente da Câmara do Livro do Distrito Federal, Valter Silva, foram investidos R$ 300 mil na montagem da feira, rateados entre expositores e patrocinadores. Neste ano, a feira homenageia o escritor, bibliófilo e colecionador José Mindlin, que abriu a feira na noite de ontem. Segundo Silva, o otimismo dos expositores quanto às vendas decorre do fato de que, antes mesmo do início da feira, na montagem dos estandes, muitas pessoas compraram livros.
Uma pesquisa contratada a uma empresa especializada vai procurar mapear, nos dez dias de duração da feira, o perfil do leitor brasiliense – se tem hábitos de leitura, quantos livros lê por ano, que gênero prefere (ficção, não-ficção, infantil, auto-ajuda etc.) e se prefere comprar em feiras, com descontos que vão de 10 a 20 por cento, ou se tem costume de comprar em livrarias pelo preço de face dos livros, entre outros itens.