Plano especial consegue reduzir em 50% casos de malária na Amazônia

06/12/2002 - 15h27

Brasília, 6/12/2002 (Agência Brasil - ABr) - O Plano de Intensificação das Ações de Controle da Malária na Amazônia Legal conseguiu reduzir em 50% os casos de malária na região amazônica. A notícia foi divulgada hoje, na 10ª Reunião de Avaliação do PIACM, pelo coordenador nacional do plano, José Lázaro Ladislau. Dados preliminares deste ano indicam que, até o mês de outubro, 281.236 pessoas contraíram a malária naquela região, correspondendo a uma redução de 47,45% dos 535.203 casos registrados no mesmo período de 1999.

De acordo com o coordenador, as metas do programa foram superadas em alguns estados. "Como 57% no Acre, 62% no Amazonas, 71% no Maranhão, 59% no Mato Grosso e 76% Roraima. Apesar de alguns estados não conseguirem cumprir a meta estabelecida no Plano, apresentaram significativa redução de casos. O Pará reduziu em 39% e o Amapá em 39% o número de casos em 2002, em relação aos primeiros dez meses de 1999."

"Estamos muito satisfeitos com o plano, temos a idéia em transformá-lo em um programa, e assim, será permanente. O grande desafio é o de manter a prioridade no governo para reduzir ainda mais o número de casos da doença, internações hospitalares e óbitos por malária, eliminar a transmissão urbana em todas as cidades e fortalecer os serviços locais de saúde em todos os municípios", explicou Ladislau.

A malária é uma doença potencialmente grave, causada por um protozoário transmitido através da picada do mosquito anofelino. Os sintomas da malária incluem febre, calafrios, dores de cabeça, dores musculares e mal estar geral. No início, a malária pode lembrar um quadro de gripe. Os sintomas podem ocorrer precocemente, como 6 a 8 dias após a picada.

A malária pode ser efetivamente tratada nos estágios iniciais, mas os retardos do diagnóstico e do tratamento podem levar a complicações graves e, até mesmo, à morte. Os viajantes que se tornam doentes, com febre, após freqüentarem uma área de risco, devem procurar assistência médica imediata e informar a história recente de viagem.

"Para prevenir a doença é necessário o uso de telas nas janelas, mosqueteiros e repelentes, para impedir a aproximação do mosquito, além de evitar andar em rios, lagos e locais alagados", concluiu o coordenador.