Brasília, 2/12/2002 (Agência Brasil - ABr) - O preço da cesta básica no Distrito Federal teve aumento de 7,47% em novembro deste ano, uma alta de 4,65 pontos percentuais em relação ao mês de outubro. Para o trabalhador brasiliense remunerado com um salário mínimo, o valor da cesta básica ficou em R$ 144,78 (78,39% do salário mínimo líquido), o sexto maior dentre as 16 capitais pesquisadas. "Foi a maior alta do ano. Este mês, o custo da cesta básica aumentou em todas as capitais pesquisadas, o que é bastante preocupante, pois confirma a alta da inflação no país", disse o economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócios-Econômicos (Dieese), Max Leno.

Segundo o Dieese, o salário necessário para o trabalhador atender às suas necessidades básicas, como alimentação, higiene, vestuário, habitação, transporte, entre outros, no mês de novembro, seria de R$ 1.357,43, ou seja, aproximadamente 6,8 vezes o salário mínimo de R$ 200 vigente.

Em novembro de 2002, das 16 capitais pesquisadas pelo Dieese, Porto Alegre foi a que apresentou o maior custo da cesta básica, registrando um valor de R$ 161,58, porém, com uma alta de apenas 6,85% em relação ao mês de outubro. Rio de Janeiro e Curitiba foram as cidades que tiveram a maior variação mensal nos preços dos produtos, com 9,89% e 9,29%, respectivamente. "Não imaginávamos que os valores aumentariam tanto. O Diesse atribui esse aumento à inflação e à variação cambial", completou Max Leno.

As capitais que tiveram a menor variação mensal da cesta básica foram Salvador (4,73%) e João Pessoa (3,82%).

Dos 13 produtos pesquisados no Distrito Federal, apenas a batata apresentou queda em seu preço em relação a outubro (-2,33%). Os produtos que tiveram os maiores aumentos foram: o açúcar (23,76%), a farinha de trigo (19,61%), a manteiga (19,17%), o óleo (12,5%), o tomate (11,61), o pão (9,42%) e o arroz (7,35%).