Brasil terá representante na Secretaria-Geral da Interpol

02/12/2002 - 18h40

Brasília, 2/12/2002 (Agência Brasil - ABr) - O Brasil participará do programa piloto para implantação de um novo sistema da polícia criminal internacional, a Interpol, que agilizará a troca de informações sobre fugitivos, entre os países. A participação foi acertada, hoje, entre o ministro da Justiça, Paulo de Tarso Ribeiro, e o secretário-geral da Interpol, Ronald Noble.

Atualmente, os comunicados, como o de fugitivos, levam quatro meses para chegar aos países integrantes da Interpol. As difusões, como são chamadas, são enviadas em formulário de papel à Secretaria Geral da Interpol, onde são traduzidas para quatro idiomas e enviadas, pelo correio, aos 181 países-membros.

Com o novo sistema, as informações serão difundidas em apenas um dia. "Não se pode demorar quatro meses para fazer essa comunicação, porque num dia o fugitivo pode se deslocar para vários lugares", argumentou Noble.

Nesta primeira fase, 40 países integrantes da Interpol participarão do projeto, denominado I24/7. Do continente americano, além do Brasil, participam Argentina, Canadá e Estados Unidos. "O Brasil foi escolhido por ser um país líder na região, em especial na América do Sul, e por já possuir todo um sistema de informatização capaz de aceitar essa nova tecnologia", explicou Noble.

Durante a audiência, o ministro da Justiça acertou ainda o envio de um representante da polícia brasileira para a sede da Interpol, em Lyon (França). Segundo Noble, esta será a primeira vez que o país participará da Secretaria Geral da Interpol. "O Brasil não tem, nem nunca teve, um oficial trabalhando lá". Segundo Noble, eles conversaram também sobre a possibilidade de o Brasil sediar conferências e cursos de treinamentos de outras forças policiais no combate a diversos tipos de crimes.