Saúde realiza oficinas de capacitação em hipertensão no Rio Grande do Sul

24/07/2002 - 20h57

Brasília, 24 (Agência Brasil - ABr) - Foram realizadas hoje, em Porto Alegre (RS), 30 oficinas de capacitação para 848 profissionais de saúde que atuam nas 424 unidades básicas de saúde dos 17 municípios mais populosos do Rio Grande do Sul. Ao todo, o Ministério da Saúde está capacitando 15.098 profissionais de saúde das unidades básicas de saúde dos municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes, onde está concentrada mais da metade da população. Até agosto, devem ser realizadas 522 oficinas em todo o país.

As oficinas de capacitação fazem parte do Plano de Reorganização de Atenção aos Portadores de Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus. A iniciativa tem como objetivo reorganizar e ampliar o atendimento aos portadores dessas duas doenças no SUS, em parceria com estados, municípios e entidades representativas.

A finalidade do treinamento é capacitar os profissionais da rede básica para o diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos pacientes. Cerca de 14 mil pessoas já foram treinadas, entre médicos, enfermeiros e profissionais de saúde de nível superior.

Entre março e abril de 2001, foi realizada uma Campanha de Detecção de Suspeitos de Diabetes. Foram feitos 20,7 milhões de testes de glicemia capilar e identificados 3,2 milhões de suspeitos de diabetes. Entre novembro e dezembro de 2001, foi feito um mutirão para medir a pressão. Do total de pessoas examinadas, cerca de um milhão são hipertensas e diabéticas. Os portadores das duas doenças estão sendo vinculados à rede de saúde, para receber acompanhamento sistemático, clínico e laboratorial, além dos medicamentos necessários.

O Ministério da Saúde está distribuindo gratuitamente na rede pública, para tratamento dos portadores de hipertensão, os medicamentos captopril 25mg, hidroclorotiazida 25mg e propranolol 40mg. O Ministério da Saúde vai investir cerca de R$ 140 milhões na compra de 7,8 milhões de comprimidos. Essa quantidade garante o tratamento de 11,1 milhões de pacientes durante 12 meses. Esses remédios são considerados "essenciais" pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e fazem parte da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename) do Brasil.