Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – As obras de revitalização da região portuária da cidade do Rio de Janeiro serão intensificadas neste final de semana com a implosão do primeiro trecho do Elevado da Perimetral - via expressa que liga a Ponte Rio-Niterói e a Avenida Brasil ao Aterro do Flamengo.
O ponto alto da operação acontece às 7h deste domingo (24) com a implosão dos primeiros 1.050 metros dos 4.790 que compõem o elevado. Segundo a prefeitura, a operação envolverá mais de 500 profissionais, que seguirão todos os procedimentos de segurança necessários à demolição.
Haverá bloqueio de dezenas de vias próximas ao elevado, entre a Avenida Professor Pereira Reis e a Rua Silvino Montenegro. A prefeitura vai providenciar também a retirada assistida dos moradores da região.
A implosão do Elevado da Perimetral, quando concluída, vai permitir a implementação de um novo sistema de mobilidade urbana na Região Portuária. A operação envolve 29 vãos e 232 vigas que, somados, pesam 5.104 toneladas. A carga total de explosivos a ser usada na operação será 1.200 quilos.
O sistema prevê a utilização de 2.512 conjuntos de pneus com areia e 2.240 estacas em tambores para amortecer o impacto da queda da estrutura e triturar o concreto. Os postes, fiações e placas de trânsito foram retirados do trecho.
Explosivos serão acionados em cadeia para rompimento dos pilares de sustentação do elevado, o que torna o processo diferenciado, sem o levantamento de poeira típico de implosões convencionais.
Para minimizar os riscos de lançamento de fragmentos, foram instalados 215.340 m² de tela de proteção. Após o processo, todo o material de concreto será removido e reciclado para uso nas obras de pavimentação das ruas da região. As 232 vigas do trecho fazem parte do pacote leiloado nessa quinta-feira (21).
A expectativa é que, após a implosão, equipes da prefeitura do Rio e da Porto Novo, empresa contratada para executar obras e serviços no Porto Maravilha, levarão 60 dias para concretizar os trabalhos de limpeza da região. Para isso serão criadas seis frentes de trabalho.
Estarão envolvidos na operação as secretarias municipais de Transportes, de Ordem Pública, Desenvolvimento Social, Defesa Civil, Companhia de Engenharia de Tráfego do Rio de Janeiro (CET-Rio), Guarda Municipal, Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio (Cdurp) e Concessionária Porto Novo –, além do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar e das distribuidoras Light, CEG e Cedae – que estarão dando apoio logístico à demolição.
Diante da complexidade da operação e como parte dos trabalhos de preparação foram feitas previamente 56 vistorias cautelares nas partes inferior e superior do Elevado da Perimetral e em todo o entorno da Avenida Rodrigues Alves. A Concessionária Porto Novo instalou 12 sismógrafos para monitorar efeitos da detonação sobre as edificações e 50 câmeras que vão possibilitar a avaliação dos impactos e acompanhamento de toda a área.
Edição: Denise Griesinger
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