Da Agência Brasil *
Brasília – A chegada de ministros de Negócios Estrangeiros de diversos países a Genebra, na Suíça, indica a possibilidade de um acordo com o Irã em relação à questão nuclear. O secretário de Estado norte-americano, Jonh Kerry, chegou à cidade na manhã deste sábado (23) e juntou-se aos chanceleres da Rússia, Serguei Lavrov; da França, Laurent Fabius; do Reino Unido, William Hague; da Alemanha, Guido Westerwelle; e do Irã, Mohammad Javad Zarif.
A reunião em Genebra conta com a participação dos países-membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) nas negociações, com exceção da China, cujo envio de representante ainda não foi confirmado. O acordo com o Irã sobre a questão nuclear tem sido viabilizado pela articulação do grupo chamado G5+1: os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança e a Alemanha.
Na manhã de ontem (22), o chanceler iraniano, Mohammad Javad Zarif, se reuniu com a alta representante da União Europeia para Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Catherine Ashton, em Lisboa, após o diplomata iraniano Abbas Araghchi ter declarado que haviam sido feitos "progressos mínimos", apesar da boa vontade entre as partes.
A movimentação diplomática desses países sinaliza avanços nas negociações que podem levar a um acordo preliminar, com duração de seis meses, período no qual as partes negociariam um acordo global e definitivo. O enriquecimento de urânio dentro das fronteiras iranianas e o tratamento que se deve dar ao reator nuclear de Arak, no Oeste do país, têm sido os temas mais controversos.
O texto em negociação indica a possibilidade da manutenção do enriquecimento de urânio no Irã sob estrito controle internacional. Está em discussão os níveis de enriquecimento permitido e o monitoramento das reservas e dos locais de produção.
“Pensamos que o acordo que está na mesa das negociações é ruim. Se for assinado, vai haver muita coisa a ser feita para levar o Irã a ser confrontado com o dilema: ter a bomba ou [manter] a sobrevivência do regime", disse o ministro da Defesa de Israel, Moshé Yaalon, em comunicado sobre a possibilidade do acordo.
*Com informações da Agência Lusa e da Itar-Tass // Edição: Denise Griesinger
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