Eletrobras assina acordo para gestão compartilhada de distribuidoras de energia do Norte

12/09/2013 - 12h49

Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – A estatal de energia Eletrobras assina hoje (12) acordos para a gestão compartilhada de duas distribuidoras de eletricidade da Região Norte: a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) e a Companhia Energética de Roraima (CERR). O acordo prevê o equacionamento financeiro e técnico das duas empresas, que hoje são devedoras da Eletrobras.

Segundo o acordo, a Eletrobras não fará aporte de recursos às distribuidoras, apenas indicará nomes para a diretoria das duas empresas com o objetivo de repassar conhecimento técnico e experiência.

Espera-se que com o acordo de gestão compartilhada, as distribuidoras melhorem seus serviços, tenham custos eficientes, reduzam suas perdas de energia, mantenham os indicadores de qualidade dentro dos limites da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e maximizem os lucros para acionistas.

Caso os objetivos sejam atingidos, a Eletrobras terá a opção de comprar até 90% das ações da CEA e 80% das ações da CERR. O presidente da estatal, José da Costa Carvalho Neto, disse esperar que as metas sejam alcançadas até 2015.

“A Eletrobras não vai entrar para salvar a empresa. Quem está salvando são os governos de estado, com recursos emprestados pelo governo federal. Nós vamos ajudar na gestão. Essas empresas tinham dívidas com a Eletrobras. Com os recursos que estão entrando, elas estão pagando essas dívidas”, disse o presidente da estatal.

Carvalho Neto disse também que deve se reunir, na próxima semana, com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, para discutir o modelo de venda das seis distribuidoras que hoje são controladas pela estatal: Eletrobras Amazonas Energia, Eletrobras Distribuição Roraima, Eletrobras Distribuição Rondônia, Eletrobras Distribuição Acre, Eletrobras Distribuição Alagoas e Eletrobras Distribuição Piauí).

“Independentemente do modelo societário, o que estamos querendo é revitalizá-las, fazer os investimentos necessários, reduzir seus custos e ter maior eficiência operacional. A gente acha que se tivermos uma parceria público-privada é mais rápida. Mas isso não depende da gente. Agora precisamos da orientação estratégica e política do ministro”, disse.

Edição: Denise Griesinger
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